segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Ainda brilhando...

Em breve, muito breve, esse blog chegará, talvez, ao seu final.

Assim, o post mais tradicional desse espaço não poderia faltar nessa reta decisiva. Ou não!

FELIZ NATAL a todos que chegaram até aqui!

Que a luz continue brilhando!

p.s. não entendeu que luz tradicional é essa? clique aqui, aqui, e aqui. Ou no play.



quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A dança dos que ficam parados

Na semana passada,  o prefeito eleito de Salvador, ACM Neto, se encontrou com os artistas da Axé Music para um evento, e dentre outras coisas, anunciou um segundo carnaval durante a Copa do Mundo de 2014, o que deixou os cantores felizes e sorridentes.

Ora, mas essa artistagem baiana é mesmo sui generis...

Os caras tem o status de ídolos, de representantes culturais de Salvador, são elogiados de forma até exagerada para os méritos artísticos de alguns deles e tal e coisa.
Aí Salvador vira um caos, com uma política administrativa que gerou destruição e decadência nos últimos anos, e o qual a reação dessa turma? nenhuma..

Em qualquer lugar do mundo, artistas e intelectuais são os primeiros a se posicionar quando a sua cidade/lugar passa por problemas. Nesses anos ingratos, não ouvimos desses grandes ídolos, uma crítica, uma fala contundente pedindo providencias, uma música de protesto que fosse, contra a forma de gerir a cidade. Nada.

Na eleição para prefeito, acirrada e polarizada, enquanto diversos setores da sociedade soteropolitana davam opiniões sobre os candidatos e apontavam caminhos para o futuro de Salvador, não ouvimos nenhum deles abrir a boca para dizer nada. Pelo contrário, continuaram esses anos todos cantando suas músicas que remetem Salvador como a “capital da alegria”, “terra da felicidade” e outros blablablas de verão, como se nada estivesse acontecendo.

Aí, quando já sabemos quem é o prefeito, e passamos a esperar ansiosos pelo que Neto vai fazer com o trânsito, com a saúde, com o asfalto, iluminação, lixo e transporte , essa turma aparece toda sorridente, posando para fotos com o novo prefeito, porque vão receber de presente mais um carnaval para ganhar ainda  mais dinheiro com essa felicidade plastificada em 4 ou 5 acordes.
Parafraseando o filósofo, cada povo tem os ídolos que merecem...

p.s. 1 isso nada tem a ver com a qualidade artística que possuem(nem todos...), mas sim com a atuação social que se espera de quem goza de tanto prestígio.


p.s.2 também não tem a ver com gostar ou não de 1 carnaval ou 2, e sim, com as posturas dessa turma perante a sociedade local e seus problemas.


p.s.3 atualizado em 28/03/2014. Pelo visto, ganharam e vão ganhar bem mais do que um carnaval extra.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Esse cara é o Roberto


A internet é um território dominado pelos mais jovens, por aqueles que já nasceram plugados num computador. E nada mais normal, com tantas novidades tecnológicas mutantes, que os ícones artísticos da grande rede, sejam os preferidos da turma entre 15 e 30 anos. 

E quando o assunto é música, qualquer espirro de cantores como Luan Santana, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, Restart, Nx Zero, funkeiros e duplas sertanejas universitárias, vira um “trend topic”. Artistas mais “clássicos” da MPB, rendem pouco assunto, o que talvez, seja natural. Até porque, essa nova geração não se importa com nada que tenha vindo antes dela. Parece que acabou-se aquela coisa de buscar entender o que se passou antes, para uma maior compreensão do mundo.

Mas não é que um cantor de 70 anos virou assunto no mundo virtual?! Roberto Carlos

O rei, ao lançar a música Esse Cara Sou Eu, deu uma chacoalhada nas redes sociais. Seja no Twitter, no Facebook, nos blogs, sites, emails, enfim, todos dão pitaco sobre a música-tema da novela das 8. Principalmente as mulheres, que questionam se realmente é possível encontrar um homem com tantas qualidades como o personagem da canção. Charges, piadas, e até análises psicológicas do “cara”, pululam em todo canto do www no Brasil.

De repente, o velho Roberto passou a ser comentado não apenas porque a vovó todo sábado coloca unas músicas esquisitas sobre cachorros que sorriem ao latir, mas por sua utópica canção, que mexeu com mulheres e homens, dos 18 aos 80. Pode-se não gostar da referida canção, achá-la ridícula, mas o fato é que ela se intrometeu na pauta dos modernos internautas.

Pois é, o antigo e o moderno podem perfeitamente conviver. Podem aprender um com o outro. Já tinha tido essa percepção em torno de uma outra música do Roberto Carlos. Em ums cena do filme Meu Nome Não É Johnny, em que Selton Mello canta, com uma roupagem nova, o clássico romântico Outra Vez. É, parece que o cara é mesmo o Roberto.