Chegamos aos últimos minutos do mês, e pra fechar esse ciclo, vamos de Risada Sonora. Dessa vez vamos viajar mais longe que o normal,lá para os anos 80. E quem comanda a viagem é o carismático Kid Vinil e sua banda Magazine.
O que? Kid Vinil? Que coisa antiga, fora de moda não é? ledo engano. Escolhi essa música justamente por traduzir bastante o nosso cotidiano atual. Afinal vivemos ou não preocupados e estressados com nossos empregos, nossos salários, contas vencidas,violência, trânsito e aquela garota chamada João, dentre outros temas abordados em Tic-Tic Nervoso com muito humor.
Outro detalhe interessante é que essa música já abordava problemas como estresse e ansiedade , bem antes dessas doenças(sim, são doenças) se alastrarem por entre nós. É disso que se trata o tal tic nervoso do personagem da canção.
Em período de campanhas e promessas eleitorais, nada melhor do que ouvir estas aflições em forma de protesto bem-humorado feito há 20 e tantos anos atrás. É sinal de que ainda estamos errando a mão nas urnas apesar das aparências enganarem, mas ao ler a letra e ouvir a música é capaz de acharmos que ela foi composta agora em 2010. E pelo menos a maioria, certamente irá se identificar com o personagem.
Quem não conhece a música, conheça, quem conhece, reveja!
Música: Tic-Tic Nervoso
Artista: Kid Vinil e Magazine
Composição: Kid Vinil
Estou preso no trânsito com pouca gasolina,
O calor tá de rachar e lá fora é só buzina.
Perdi o meu emprego, que já era mixaria,
E ontem fui assaltado em plena luz do dia!
Isso me dá tic tic nervoso, Tic tic nervoso, tic tic nervoso.
Isso me dá tic tic nervoso,Tic tic nervoso, tic tic nervoso.
Quando chego em casa é aquela baixaria:
As contas estão vencidas e a geladeira tá vazia!
Encontro uma garota, um tremendo avião,
pergunto o seu nome ela me diz que é João!
Eu sempre me achei um rapaz formal,
Que esse papo de analista fosse coisa pra boçal,
agora me chamam, dizem que eu fico um sujeito atrapalhado,
só pelo meu jeito torcido assim pro lado!
Estou preso no trânsito com pouca gasolina,
o calor tá de rachar e lá fora é só buzina.
Antigamente todos tinham esperança de vencer
E acontece que hoje em dia não dá mais pra se viver!
Viver sem ter tic tic nervoso,Tic tic nervoso, tic tic nervoso,
Viver sem ter tic tic nervoso,Tic tic nervoso, tic tic nervoso...
terça-feira, 31 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Politicar - Historinha pra contar pros nossos filhos
Era uma vez um pseudo-imperador malvado chamado Carlinhos que mandava em tudo na província da Bahia, lá no Reino do Brasil. Ele e sua turminha mandaram e desmandaram em tudo por décadas. Mas a turma do Carlinhos tinha seus inimigos. Alguns eram mais mansos, pois também tinham e tem pedigree; a turma dos Engomadinhos. E outros mais vociferantes e sem pedigree; a turminha do Sindicato.
Um dia, a turminha do Sindicato liderada por Wagninho, e a turma dos Engomadinhos liderada por Geddelzinho e Joãozinho, se uniram para derrotar a turma do Carlinhos e conseguiram. Carlinhos derrotado, jurou que recuperaria seu trono e se retirou com sua turminha. As turminhas vencedoras seguiram unidas, pelo menos no começo, porque depois começaram a discutir, a brigar, até ficarem de mal e dividirem o poder. Ficou a turminha do Sindicato governando a província, e a turma dos Engomadinhos governando a capital da província. Paralelo a isso, Carlinhos faleceu, e a sua turminha antes tão fiel e unida começou a abandonar a turma enfraquecida, visando a próxima troca de poder. Novas eleições chegaram e então fez-se a luz, ou as trevas.
Cesinha que era amigo de Carlinhos, quis se juntar ao Sindicato, mas só foi aceito pela turma dos Engomadinhos onde foi recebido de braços abertos. Ottozinho que também andava com Carlinhos entrou para a turminha do Sindicato que recebeu bem o ex-inimigo. Outras trocas de membros entre as turmas aconteceram. Assim, a turma do Carlinhos se resumiu a Paulinho(que recrutou Nilozinho que era inimigo de Carlinhos) e os familiares do ex-pseudo-imperador. Mas fazem qualquer negócio.
A turma dos Engomadinhos cada vez mais se parece com a do Carlinhos, inclusive imitando a arte de eleger todos os parentes possíveis para os cargos da província, Joãozinho que o diga. Fazem qualquer negócio.
E a turminha do Sindicato ganhou pedigree e não se contenta mais com osso duro, só querem filé agora. Era a única turma que se baseava num preceito antigo chamado ética. Mas hoje em dia aceitam qualquer um na turma. Principalmente os que não sabem o que é essa tal da ética. É comum brigarem entre si. Aceitam qualquer negócio.
E todos eles são submissos sem questionar nada ao Rei Luizinho I. Bem, a turma do Carlinhos diz que não, mas se Luizinho der uma piscadela de olho, eles irão retribuir, tanto que não falam mal do Rei. No fundo, todos eles topam qualquer negócio pelo poder,desde que não se pronuncie as palavras mágicas que foram banidas de todo o Reino por serem consideradas uma blafêmia: INVESTIR NA EDUCAÇÃO DOS SÚDITOS.
p.s. 1-Politicar com inteligência, só com o Tom Zé no clipe abaixo que volto a postar aqui.
p.s. 2-no post anterior esqueci de postar o link do primeiro post da sessão Politicar, aqui.
Um dia, a turminha do Sindicato liderada por Wagninho, e a turma dos Engomadinhos liderada por Geddelzinho e Joãozinho, se uniram para derrotar a turma do Carlinhos e conseguiram. Carlinhos derrotado, jurou que recuperaria seu trono e se retirou com sua turminha. As turminhas vencedoras seguiram unidas, pelo menos no começo, porque depois começaram a discutir, a brigar, até ficarem de mal e dividirem o poder. Ficou a turminha do Sindicato governando a província, e a turma dos Engomadinhos governando a capital da província. Paralelo a isso, Carlinhos faleceu, e a sua turminha antes tão fiel e unida começou a abandonar a turma enfraquecida, visando a próxima troca de poder. Novas eleições chegaram e então fez-se a luz, ou as trevas.
Cesinha que era amigo de Carlinhos, quis se juntar ao Sindicato, mas só foi aceito pela turma dos Engomadinhos onde foi recebido de braços abertos. Ottozinho que também andava com Carlinhos entrou para a turminha do Sindicato que recebeu bem o ex-inimigo. Outras trocas de membros entre as turmas aconteceram. Assim, a turma do Carlinhos se resumiu a Paulinho(que recrutou Nilozinho que era inimigo de Carlinhos) e os familiares do ex-pseudo-imperador. Mas fazem qualquer negócio.
A turma dos Engomadinhos cada vez mais se parece com a do Carlinhos, inclusive imitando a arte de eleger todos os parentes possíveis para os cargos da província, Joãozinho que o diga. Fazem qualquer negócio.
E a turminha do Sindicato ganhou pedigree e não se contenta mais com osso duro, só querem filé agora. Era a única turma que se baseava num preceito antigo chamado ética. Mas hoje em dia aceitam qualquer um na turma. Principalmente os que não sabem o que é essa tal da ética. É comum brigarem entre si. Aceitam qualquer negócio.
E todos eles são submissos sem questionar nada ao Rei Luizinho I. Bem, a turma do Carlinhos diz que não, mas se Luizinho der uma piscadela de olho, eles irão retribuir, tanto que não falam mal do Rei. No fundo, todos eles topam qualquer negócio pelo poder,desde que não se pronuncie as palavras mágicas que foram banidas de todo o Reino por serem consideradas uma blafêmia: INVESTIR NA EDUCAÇÃO DOS SÚDITOS.
p.s. 1-Politicar com inteligência, só com o Tom Zé no clipe abaixo que volto a postar aqui.
p.s. 2-no post anterior esqueci de postar o link do primeiro post da sessão Politicar, aqui.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Politicar - Tragam o Maluf de volta!
Dando uma acelerada na sessão Politicar, que ficou esquecida, mas que agora está de volta. Vimos nas 2 últimas semanas os primeiros debates entre candidatos a presidente e à governadores dos estados. No debate presidencial ficou no lucro quem conseguiu ao menos colar frases inteligíveis, no debate pra governador da Bahia, foi uma monotonia só, e creio que nos outros estados não tenha sido muito diferente.
Se continuar assim esses debates vão ter cada vez menos importância, já que o bom mocismo e a obsseção pelo politicamente correto tomou conta dos candidatos acessorados( mal) e fabricados pelos marketeiros políticos. Debates acalorados, discussões ideológicas, palavras duras denunciando o passado dos oponentes, apresentadores em saias-justas tentando acalmar os ânimos, defesas indefensáveis patéticas e até momentos bem humorados. Nada disso faz mais parte do cenário atual, os candidatos passam horas trocando palavras amenas como quem troca confidências juvenis ou receita de doce de côco.
Dos 3 principais candidatos a presidência, duas mal conseguem se expressar, uma delas fala com uma vozinha que mal consegue convencer seus pares, e outra que tem sérios problemas com concordâncias verbais e nominais, e tem ainda o outro que fala como se fosse um professor de escola primária, bem explicadinho, chatinho e tedioso que dá vontade de jogar uma bolinha de papel. Um desses 3 vai governar um país com gravíssimos problemas sociais. Cadê a vibração, a entonação, a oratória, o tesão de querer ser presidente da república.
Jânio Quadros, Mário Covas,Leonel Brizola, e até Paulo Maluf dentre outros bons debatedores, implodriam todos os atuais candidatos em um debate. Inclusive no quesito bom humor. Nunca votei e jamais votaria na maioria deles, mas é inegável os bons momentos que já proporcionaram em debates como mostrado no vídeo abaixo que posto hoje no lugar de um clipe musical. Pensando bem, ainda bem que figuras como Maluf não são candidatos, correria-se o risco de uma zebra, tamanha a apatia dos presentes postulantes. Tomara que o pessoal do PP não leia o post.
O TSE deveria proibir a contratação dos marketeiros políticos, queremos ver os candidatos como eles realmente são. Alternando momentos brilhantes e patéticos, sérios e divertidos. Como qualquer ser humano normal. Vejam os 2 vídeos abaixo e conheçam um pouco mais da história dos debates políticos brasileiros. Tempos de pólvora pura.
sábado, 7 de agosto de 2010
Meninos da Mídia
O ano futebolístico brasileiro tem sido marcado além da Copa do Mundo, pelo time sensação da temporada: o Santos FC. Quase todo ano há um time sensação, mas esse mostrou um futebol que não se via há um certo tempo, um futebol ofensivo e de muita habilidade. O que a crônica esportiva chama de futebol-arte (argh,ô expressão tosca, mas isso é outra história...).
Com isso, os talentosos jogadores do time despontaram no cenário nacional, especialmente o atacante Neymar e o meia Paulo Henrique Ganso, que juntos com o já não tão garoto Robinho, formam o chamado "Meninos da Vila".
Eles estão em todos os lugares, um fenômeno de mídia, feito e bancado por gente interesseira, e que poucos tem apontado o dedo para tamanha exposição precoce, o que reflete o nosso modelo atual de sociedade baseado no culto as celebridades. A habilidade e qualidade dos jovens Neymar e Ganso são inquestionáveis, mas acho nocivo para eles mesmos, que com cerca de 1 ano e meio de profissionalismo e meio de efetivo futebol bem jogado, sejam tão incensados como estão sendo agora. Comerciais de TV, bonecos personalizados, aparição em eventos( de helicoptero) e claro a Globo...
A emissora platinada fez o que sempre faz com atletas de sucesso: transformam-os em artistas do seu elenco. Aparições no Proffisão Reporter, Domingão do Faustão, Caldeirão do Huck, Fantástico e por aí vai. A juventude é um prato cheio pra mídia e patrocinadores, principalmente no futebol, devido ao mito do "menino de 17 anos" que ganhou uma Copa.
A mídia espera pelo novo Pelé como os cristãos esperam a volta de Jesus. E aproveitando-se do consumismo exagerado adolescente, que são o público-alvo preferido do momento,eis que temos o Ganso e o Neymar lado a lado com estrelas teens como Fiuk e Luan Santana em termos de popularidade. Só que ao contrário de atores e cantores que tem mais estabilidade, a carreira do jogador de futebol é sempre uma incógnita. Basta algunas partidas ruins ou a perda de um título, que os mesmos que endeusam são os primeiros a apedrejar.
Romário, Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, os 3 melhores jogadores brasileiros dos últimos 2O anos,só tiveram o tratamento e exposição que os "meninos da Vila" estão tendo, quando atingiram o auge de suas carreiras. Por coincidência todos com a camisa do Barcelona, além de brilharem na Seleção, é claro. E falando em Seleção, a Nike(que também patrocina os 3) anda divulgando um vídeo com as reveleções santistas com a camisa da Seleção Brasileira como se já fossem veteranos da amarelinha. Mas eles ainda vão estrear nesta terça-feira.
Como já dito, o futebol é traiçoeiro, cansamos de ver jogadores que surgem como promessas de craques e depois não correspondem a expectativa criada. Dentro de campo, ninguém pode ajudar. E aí joga-se uma responsabilidade enorme nas costas desses garotos ainda em formação, pois agora eles tem a obrigação de jogar sempre bem, dar espetáculo e sair dançando e falando bobagens juvenis para regozijo da mídia maniqueísta. E eles também não ajudam, pois aderem a esse circo criado em torno deles com facilidade, o Ganso ainda mostra algum constrangimento e timidez, mas o Neymar faz o papel direitinho. Parece treinado e preparado para tal.
Afinal, estamos na segunda geração midiática, hoje em dia os jogadores das categorias de base dos clubes brasileiros sonham com toda essa fama de pop-star, sonham virar celebridades televisivas, sonham em mostrar seu carro importado num quadro do Fantástico (não percam amanhã), sonham entrar na fila das Marias-chuteiras, sonham em morar e ser reconhecido em Madrid, Milão ou Londres. O futebol é apenas um meio de conseguir tudo isso.
P.S. Dessa vez não tem música no blog, pra não ter jogador dançando de forma sabida e abobada por ai...
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