A internet é um território dominado pelos mais jovens, por
aqueles que já nasceram plugados num computador. E nada mais normal, com tantas
novidades tecnológicas mutantes, que os ícones artísticos da grande rede, sejam
os preferidos da turma entre 15 e 30 anos.
E quando o assunto é música, qualquer espirro de cantores
como Luan Santana, Ivete Sangalo, Cláudia Leitte, Restart, Nx Zero, funkeiros e
duplas sertanejas universitárias, vira um “trend topic”. Artistas mais “clássicos” da MPB, rendem pouco assunto, o
que talvez, seja natural. Até porque, essa nova geração não se
importa com nada que tenha vindo antes dela. Parece que acabou-se aquela coisa
de buscar entender o que se passou antes, para uma maior compreensão do mundo.
Mas não é que um cantor de 70 anos virou assunto no mundo virtual?! Roberto Carlos.
O rei, ao lançar a música Esse Cara Sou Eu, deu uma chacoalhada
nas redes sociais. Seja no Twitter, no Facebook, nos blogs, sites, emails, enfim,
todos dão pitaco sobre a música-tema da novela das 8. Principalmente as mulheres,
que questionam se realmente é possível encontrar um homem com tantas qualidades
como o personagem da canção. Charges, piadas, e até análises psicológicas do “cara”,
pululam em todo canto do www no Brasil.
De repente, o velho Roberto passou a ser comentado não
apenas porque a vovó todo sábado coloca unas músicas esquisitas sobre cachorros
que sorriem ao latir, mas por sua utópica canção, que mexeu com mulheres e
homens, dos 18 aos 80. Pode-se não gostar da referida canção, achá-la ridícula,
mas o fato é que ela se intrometeu na pauta dos modernos internautas.
Pois é, o antigo e o moderno podem perfeitamente
conviver. Podem aprender um com o outro. Já tinha tido essa percepção em torno
de uma outra música do Roberto Carlos. Em ums cena do filme Meu Nome Não É
Johnny, em que Selton Mello canta, com uma roupagem nova, o clássico romântico Outra
Vez. É, parece que o cara é mesmo o Roberto.