O público pop só tem dado valor a bandas de menininhos bonitinhos (Fresno, Nx Zero, Justin Bieber,), bandas de menininhos bonitinhos que usam roupas e óculos coloridos (Restart,Cine) ou musas que usam roupas extravagantes e esdrúxulas(Lady Gaga). Todos esses artistas fazem sucesso muito mais pelas aparências e acessórios de vestuário do que pela música em si.
E assim a música fica em segundo plano, tanto pra quem canta, como pra quem vê, porque hoje em di a, a música está sendo feita para ser consumida pelos olhos ao invés dos ouvidos. Tem muito empresário que já sacou isso, faz tempo. Bem vindos a sociedade do espetáculo. O que importa é aparência estética. Outros artistas de outros estilos musicais nacionais como pagode, sertanejo, axé, e outros artistas pop/rock estrangeiros, que não se enquadram neste padrão estético, também tentam incorporar o máximo de elementos não musicais, na tentativa de serem mais notados e comentados. As musas baianas do axé que o digam.
Voltando aos artistas listados, mais precisamente o seu público consumidor, não quero aqui fazer o que muita gente faz por aí, condenando e rotulando essa nova geração como vazia e “modinha”. Bom, não que eu ache o contrário, mas dos anos 80 para cá houveram várias modinhas musicais na cena pop tão vazias quanto. A diferença é que ao mesmo tempo havia espaço para artistas digamos, mais feios esteticamente e mais musicais e que eram idolatrados pela mesma geração e mostrados pela mesma mídia. Vejamos:
- a geração que corria atrás dos Menudos, também curtia Legião Urbana, Paralamas, Titãs e demais do rock nacional. Todas com grande destaque midiático.
- a geração que cantou 10 pastéis e 1 kibe com os New Kids On the Block, também deu ouvidos ao Nirvana, Pearl Jam e assemelhados.
- e a geração internet discada que comprava cds dos Backstreet Boys, N’Sinc e Spice Girls (imagine um grupo formado por 5 Lady Gagas), curtiu Green Day, Foo Fighthers, Oasis, bem como Cidade Negra, Skank, Raimundos, Planet Hemp e O Rappa. E tiveram a curiosidade de olhar para trás, e acolher Kid Abelha, Capital Inicial, Barão Vermelho além dos já citados Paralamas e Titãs. Bandas dos 80 que fizeram muito sucesso no final dos 90.
E hoje em dia, qual banda ou artista do pop/rock fora do perfil menininho bonitinho bem-vestido ou musa pseudo-polêmica bem-vestida(a depender do conceito), que está nos braços da garotada lotando shows,com músicas tocando na rádio, ganhando prêmios, bem aceitos pela crítica e com bom espaço na mídia? E outra, é a mídia que fabrica o estilo ou o público que está pedindo pelo estilo devido a mudanças comportamentais na sociedade?
Essas perguntas não visam rotular jovens fãs, mas sim refletir sobre o futuro da música enquanto arte e entretenimento. Dessa vez não encerraremos com música, pois acho que não estou vestido adequadamente para a ocasião. Reflitam, comentem, fiquem a vontade.
Pois é, Peixinho...
ResponderExcluirVivemos na pior geração. As pessoas não sabem mais o que escutar, não sabem mais o que vestir... Não sabem nada sobre si mesmas, pois tentam se espelhar em lixos, como Lady Gaga e Just Bieber... É uma pena... As mentes estão vazias...
T.S. Frank
www.cafequenteesherlock.blogspot.com
Olá!
ResponderExcluirEstava vendo os prêmios que essas bandas coloridas ganharam. Nem sei o que dizer, gosto é gosto né?rs
Tempos modernos, mundo perdido.
Beijos com carinho
roupa de carne é foda....http://universovonserran.blogspot.com
ResponderExcluirquem seguir e comentar ......retribuo !
Muito foda o texto, cara!
ResponderExcluirNunca tinha lido algo desse tipo sobre esse assunto. Como você mesmo disse, todo mundo resolve rotular e criticar logo antes de realmente refletir sobre. Eu não conseguiria escrever sobre esse tema sem cuspir marimbondos pra tudo quanto é lado, isso eu confesso! Tá tudo uma grande merda, essa é a verdade. Infelizmente a música popular não é mais sinônimo para música boa. Espero que tudo isso mude em breve.