Inaugura-se mais um shopping na cidade e pronto.
Lá se vão hordas de gente atrás das “mudernidades”, dentre
as quais, uma sala de cinema 4D. Peraí, 4D? o que houve com o 3D? foi aposentado
por invalidez? A impressão que tenho é que cada vez mais as pessoas se importam
com números que são propagandeados pela mídia. Se fulano tem um
iPhone 123, e lançam o iPhone 124, ele fica desesperado para comprá-lo ainda
que não precise. Querem o tempo todo
estar na moda, estar “por dentro” das novidades, mesmo sendo desnecessário. Sempre
me pergunto quando foi que as pessoas ficaram loucas.
Não que eu ache que deveríamos voltar aos tempos das cavernas
e acender tochas, mas acho que o grau de prioridade e importância que damos a
pequenos saltos tecnológicos, é por demais, exagerado. Ver um filme com uma
dimensão a mais, vá lá, pode ser legal, mas fazer disso, um objeto de desejo
maior do que a própria arte do cinema, é um mero capricho consumista.
Pois o tal shopping foi inaugurado e todos na cidade comentam,
em tom de lamentação, os absurdos preços para se assistir um filme na tal sala
4d. Pois não assista ué. Nem sua vida, nem o filme vão ser melhores por conta
disso. Se o número de dimensões que se vê na projeção de um filme importa mais
que todos os seus aspectos técnicos e artísticos, é porque o filme em si não
importa muito, e sim contar para todos que pagou 50 pratas pelo tal 4D. O tal
do status. O tal do “estar na moda”. A tal da bobagem glorificada. Acho que se
botarem no cinema, um vídeo caseiro malfeito do Youtube em 3 ou 4D, vai ter quem
pague caro para assistir
Quando ficamos loucos eu não sei, mas esse circuito
cinematográfico onde números são o mais importante, não me atrai. Afinal, o que
faço com esses números?
Excelente postagem...o pior que é assim mesmo...a quantidade tem superado a qualidade ou a real necessidade das coisas...ah e a trilha sonora ficou perfeita!!! Grande abraço!!!
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