sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Politicar: Permissão para a corrupção

Vamos imaginar a seguinte história: um diretor e dono de uma escola, contrata vários professores, e depois de um tempo descobre que eles estavam ensinando aos alunos, maus hábitos, libertinagem e incitando-os a prática de crimes ao invés de português, matemática e ciências. O diretor os demite e aí os alunos resolvem que não vão mais assistir aula enquanto os professores ou outros iguais aos demitidos não reassumirem a conduta das aulas á que eles estavam acostumados.
Parece absurdo? mas há precedentes... em Brasília.

Pois é assim que os políticos da chamada "base aliada" do governo estão se comportando perante a onda de denúncias, escândalos e um faxinaço que a presidente Dilma andou fazendo em alguns ministérios investigados. Traduzindo: parlamentares dos mesmos partidos que os ministros e acessores envolvidos na lama de corrupção do governo federal, ameaçam romper com o governo senão puderem continuar a aprontar das suas em paz, sem Polícia Federal, Ministério Público e Imprensa os atrapalhando a formarem suas caixinhas de natal. Ou de eleição.

Um deputado líder de partido chegou a dizer que "não se pode transformar o país em delegacia de polícia". Pode sim deputado, se for para o bem da transparência pública. Os deputados governistas ameaçam não votarem pautas importantes do governo, se o "denuncismo" e consequente afastamento sumário dos envolvidos continuarem. Ou seja, querem uma permissão para a corrupção continuar correndo solta pelos prédios da Praça dos Três Poderes. E ninguém nem se mexe, nem nem se altera em canto nenhum.

É uma pena que no Brasil as pessoas só se reunam para fazer festas, os jovens só se interessem pelas banalidades do Twitter e  que os ditos "movimentos sociais" estejam todos comprados. Enquanto isso só me resta torcer que um dia o Brasil tenha apenas 2 partidos políticos, no máximo 3, como em qualquer democracia republicana normal deste mundo. Por hora, só me resta mandar tomar no verbo, todos estes filhos da letra, que nem o Tom Zé, autor desta pérola sonora, que sempre é útil nos posts da sessão Politicar.