quinta-feira, 21 de junho de 2012

Politicar - a foto e as palavras


"O símbolo da pouca vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente. Daremos a nossa vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente.” (LULAjunho de 1984)
“Se o civil tiver que ser o Paulo Maluf, eu prefiro que seja um general.” (LULA,  junho de 1984)
“Como Maluf pode prometer acabar com ladrão na rua enquanto ele continua solto?” (LULA, setembro de 1986)
“Maluf esquece de seu passado de ave de rapina. O que ameaça o Brasil não são nuvens de gafanhotos, mas nuvens de ladrões. Maluf não passa de um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão que fica querendo assustar as elites acenando com o perigo do PT. Maluf é igualzinho ao Collor, só que mais velho e mais profissional. Por isso é mais perigoso.” (LULA, março de 1993)
“A impressão que se tem é que Cristo criou a terra, e Maluf fez São Paulo.” (LULA,  maio de 1996)
“O Maluf é que deveria estar atrás das grades e condenado à prisão perpétua por causa da roubalheira na prefeitura.” (LULA, julho de 2000)
Aprendi que a palavra de um homem vale mais até do que dinheiro. Portanto, vale mais do que coalizões, governabilidades e sistemas políticos mal-produzidos e viciados.
Vão tomar no verbo, seus filhos da letra...



quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sobre namorados e seus dias


Falar sobre o Dia dos Namorados é uma tarefa difícil, dificílima como diria Seu Vavá. Porque a data é sempre retratada com eternos clichês, pro bem e pro mal. Há quem ignore dizendo ser apenas uma data comercial qualquer e há quem se empolgue e julgue ser um dia fundamental para o seu relacionamento.

Na verdade, tanto faz, como tanto fez. Tantos fazem, como não fazem.

Tem gente que nesse dia, dá flores a namorada, tem gente que dá um celular, uma roupa, uma caixa de bombons, um abraço e um beijo, um refresco e um queijo. Tem casais que vão jantar num fino restaurante, enquanto outros se contentam com o churrasquinho de gato e a cerveja em lata do barzinho do condomínio. Tem casais que vão pra suíte mais cara do melhor motel da região, enquanto outros preferem um hotelzinho mofado na esquina (e ambos pegam fila), ou apenas o aconchego do lar devidamente redecorado para a ocasião. Os casais mais alternativos preferem a areia da praia. Os mais cansados viram pro lado e dormem a noite toda. Os solitários recorrem a certos métodos...

No Dia dos Namorados tem gente que comemora o auge do seu romance, tem gente que usa a data para reavivar a sua desgastada relação, tem gente que chora um namoro recém terminado ou relembra um xodó do passado.Tem gente mal-amado(a) que xinga muito no Twitter, tem gente que posta no Facebook que tá solteira sim, sozinha nunca, e tem quem começou um namoro há poucos dias somente para ganhar presente. Tem quem ache que está tudo acabado porque deu e não ganhou presente.Os casais idosos se encaram doce e complacentemente. Além dos que reclamam serem solitários por todo o sempre.

Mas tudo isso pode acontecer e acontece nos relacionamentos em muitas outras datas e ocasiões. Acontece no Natal, Ano Novo, Carnaval, Aniversários, Batizados, Casamentos e numa vitória importante ou derrota acachapante do time de cada um. Acontece todos os dias. Não é o Dia dos Namorados que faz do amor herói ou vilão, que faz um romance evoluir ou se diluir, que faz uma paixão tornar-se caliente, descrente ou demente. 

O Dia dos Namorados já está enraizado na nossa cultura e, definitivamente, não deve e nem pode ser ignorado. É até divertido fazer piadas de suas anacronias. Mas a paixão, o romance, o amor, e todas as suas causas e consequências, não sabem que dia é hoje.

12 de Junho de 2012

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Wagner Moura, um legionário urbano

O tributo a Legião Urbana com Wagner Moura nos vocais, despertou muitas críticas e piadinhas com relação a performance do ator baiano. Mas é preciso que se diga que aquela apresentação não deve ser analisada com rigor técnico,bem como a própria performance de Wagner. Afinal, todos sabem que ele não é cantor de ofício, embora tenha uma banda chamada Sua Mãe. O que vi ali foi apenas uma homenagem, uma grande homenagem, à uma das maiores, senão a maior banda do rock nacional. E claro, homenagem também a seu líder, Renato Russo falecido em 1996.

O que Wagner fez ali, foi entoar com muita energia todos aqueles hinos que estão ainda hoje na cabeça e no coração de muita gente. Wagner berrou, gritou, correu pelo palco, se jogou no chão, se jogou na platéia, e tudo o mais que, só e somente só, o espírito do rock and roll é capaz de proporcionar numa apresentação musical. Se ele desafinou,ou sua voz não era a ideal, isso é o que menos importa. Ali ele era um fã da Legião Urbana representando todos os fãs da banda num tributo especial. Enfim, Wagner é um apenas mais um legionário urbano.

Legionário urbano como tantos entre nós, que resistem aos modismos de estilo de duplas universitárias de balada, musas do axé, Chayenes e outras coisas mais que a mídia tenta impor como padrão. Há muito que nos perdemos entre monstros de nossa própria criação, mas ali naquele palco, nos sentimos bem representados, e cantamos juntos com Wagner que não era só imaginação, que não era tudo em vão, e que podemos conseguir vencer.