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sábado, 12 de junho de 2010

Pitacos da Copa - Aqui onde estão os homens



E começou a merecida Copa na África do Sul. Merecida por tudo que o seu povo passou. Por tudo que este líder iluminado da foto acima também passou. Pode até ser cedo para falar isso, afinal é apenas o segundo dia de um evento que dura 1 mês, mas até agora pelo menos, não vimos nada demais, nada de anormal, que possa deixar esta edição por baixo das outras.

É que li e ouvi muita coisa por aí, inclusive de gente chique e importante, dizendo que essa Copa isso, essa Copa aquilo. Sabe como é né, o ódio racial e social escondido a 7 chaves aqui no Brasil as vezes mostra o pé, as vezes a mão, mas nunca o corpo inteiro. E é expresso principalmente nas falas de que o mesmo não existe, e que por isso não se deve mencionar, não se deve discutir ou refletir, não necessariamente praticado por quem fala isso, mas já assimilado como tal.
E caso alguém diga que ainda é cedo para falar que a Copa vai ser um sucesso, sem maiores sobressaltos, lembro que nas Olímpiadas de Atlanta em 1996, explodiram uma bomba no meio do Centennial Olympic Park, que ficava dentro da vila olímpica, por onde circulavam jornalistas e visitantes, matando 2 pessoas e ferindo 112. Depois desse e de outros atentados extra eventos esportivos, quem é que ousa condenar a realização de qualquer coisa de grande porte nos EUA?

Dentre as muitas besteiras que Galvão Bueno fala, ouvi dele uma rara frase interessante: "essa Copa é mais que uma Copa". Frase mais do que auto-explicativa.
Que Deus abençõe a África, e pra manter a tradição do blog, vamos de música: ouçam Zumbi do mestre Jorge Benjor, mais uma vez dando as caras por aqui. Devido a força do futebol no mundo inteiro, acho que se tudo felizmente der certo até o final, poderemos ter um marco, um divisor de águas em relação aos pensamentos ( e julgamentos) relativos ao continente africano. A Copa do Mundo FIFA 2010 pode ser o novo Zumbi, pois no momento, é lá onde estão os homens. E eu quero ver quando esse Zumbi chegar, o que vai acontecer.


Música: Zumbi
Artista: Jorge Ben

Composição: Jorge Ben

Angola gongô benguela
Monjolo capinda nina
Quiloa rebolo

Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há
Uma princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados em carros de boi
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver

Aqui onde estão os homens
Dum lado cana de açúcar
Do outro lado o cafezal
Ao centro senhores sentados
Vendo a colheita do algodão branco
Sendo colhidos por mãos negras
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Quando Zumbi chegar
O que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
È senhor das demandas
Quando Zumbi chega é Zumbi
É quem manda
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver

domingo, 30 de maio de 2010

A experiência Lost


E o Peixe Antenado não poderia deixar de dar o seu pitaco no assunto da semana no mundo da cultura pop, o final da série Lost.
Um belo dia em 2007 assisti por acaso um episódio de madrugada na Globo, da segunda temporada, depois disso virei um fã entusiasta. E sabe porque?
Não foi pelos mistérios ou pelos dramas humanos apenas, mas principalmente pelo formato da série que arreebatou uma legião de fãs mundo afora, e mostrou que um programa de TV pode ser visto além da poltrona da sala. Basta dizer que Lost me fez ler sobre física quântica e mitologia egipícia, na tentativa de entender a trama. Nunca tinha lido sobre nenhum dos dois.

A grande polêmica do final da série separou 2 grupos de fãs: o que defendem o final sob o argumento que a série era sobre dramas humanos, e os que detestaram o final sobre o argumento de que a série se baseou em mistérios que não foram respondidos na sua totalidade, muito pelo contrário aliás.
Acho que os 2 grupos estão certos e errados ao mesmo tempo, o final foi sim muito bom, e sim coerente, porém podiam ter se esmerado mais para fechar várias pontas que ficaram soltas e fizeram a fama da série, por isso entendo a frustração desse grupo de fãs, embora seja cristalino que desde o início ficava claro que nem tudo seria dado mastigado na boquinha e que interpretação e imaginação era fundamental para acompanhar a série.

Mas sabe o que acho? Lost pra mim nunca foi um programa ou mesmo uma série de TV, sempre encarei aquilo como uma experiência, uma grande experiência televisiva que deu certo.
O que quero dizer é que pra mim o mais importante de tudo não foi a conclusão assim ou assado da trama e sim o formato apresentado.
O que mais vou sentir falta é da mistura de ciência e misticismo de forma livre; da trilha instigante das muitas cenas de ação; dos títulos intrigantes dos episódios; do belíssimo cenário viajante; da voz de abertura nos dizendo "anteriormente em Lost";da tela toda preta com o nome do seriado em branco; das explosões e diálogos dramáticos; das gracinhas e piadinhas em momentos de tensão de Sawyer,Hugo e Miles; dos flashblacks, forwards e sideways, as vezes sem saber qual deles era o que estava rolando; de fazer a gente gostar de fumaças, Kombis e cervejas esquisitas. Enfim, experiências. Instigantes experiências televisivas. Isso tudo me fez um fã entusiasta. Talvez tenha sido a melhor coisa que já vi na TV, mesmo com os furos e falhas no roteiro.

Para fechar, 2 coisas: primeiro, um link sobre a visão geral da trama para quem assistiu e não visualizou direito a história que foi contada na ilha; só clicar aqui.
E pra manter a tradição e motivo de ser, do blog, música. Enquanto estava anteoontem lendo na internet sobre o final de Lost, escutava o mestre Jorge Benjor, e então eis que me vi ouvindo Luz Polarizada, do disco Solta o Pavão de 1975. Achei a música bem ilustrativa do episódio final.Humm, será que o Jorge foi da Iniciativa Dharma nos anos 70?! sei não viu. De qualquer forma, é sempre bom reverenciar o mestre Benjor, e conhecendo a discografia dele dos anos 70, aposto que ele é fã de Lost.

Luz Polarizada
Jorge Benjor
Composição: Jorge Benjor

Coloque o teu grisol sob a luz polarizada
Ó meu filho
Lava as escórias com a água pré destilada
Pois aquele que foge à falsa prata
E ao falso ouro
Não merece a simpatia de ninguém
Pois aquele que é vil
Está ávido a ser malévolo
Não merece a simpatia de ninguém
Domine a imagem, use força inferior superior
Use o conhecimento com perseverança e consciência
Pratique, transmute a vontade com lealdade
E sinceridade
Seja atento e assíduo porque
A qualquer hora, a qualquer momento
Pode estar nascendo o amor