domingo, 30 de maio de 2010

A experiência Lost


E o Peixe Antenado não poderia deixar de dar o seu pitaco no assunto da semana no mundo da cultura pop, o final da série Lost.
Um belo dia em 2007 assisti por acaso um episódio de madrugada na Globo, da segunda temporada, depois disso virei um fã entusiasta. E sabe porque?
Não foi pelos mistérios ou pelos dramas humanos apenas, mas principalmente pelo formato da série que arreebatou uma legião de fãs mundo afora, e mostrou que um programa de TV pode ser visto além da poltrona da sala. Basta dizer que Lost me fez ler sobre física quântica e mitologia egipícia, na tentativa de entender a trama. Nunca tinha lido sobre nenhum dos dois.

A grande polêmica do final da série separou 2 grupos de fãs: o que defendem o final sob o argumento que a série era sobre dramas humanos, e os que detestaram o final sobre o argumento de que a série se baseou em mistérios que não foram respondidos na sua totalidade, muito pelo contrário aliás.
Acho que os 2 grupos estão certos e errados ao mesmo tempo, o final foi sim muito bom, e sim coerente, porém podiam ter se esmerado mais para fechar várias pontas que ficaram soltas e fizeram a fama da série, por isso entendo a frustração desse grupo de fãs, embora seja cristalino que desde o início ficava claro que nem tudo seria dado mastigado na boquinha e que interpretação e imaginação era fundamental para acompanhar a série.

Mas sabe o que acho? Lost pra mim nunca foi um programa ou mesmo uma série de TV, sempre encarei aquilo como uma experiência, uma grande experiência televisiva que deu certo.
O que quero dizer é que pra mim o mais importante de tudo não foi a conclusão assim ou assado da trama e sim o formato apresentado.
O que mais vou sentir falta é da mistura de ciência e misticismo de forma livre; da trilha instigante das muitas cenas de ação; dos títulos intrigantes dos episódios; do belíssimo cenário viajante; da voz de abertura nos dizendo "anteriormente em Lost";da tela toda preta com o nome do seriado em branco; das explosões e diálogos dramáticos; das gracinhas e piadinhas em momentos de tensão de Sawyer,Hugo e Miles; dos flashblacks, forwards e sideways, as vezes sem saber qual deles era o que estava rolando; de fazer a gente gostar de fumaças, Kombis e cervejas esquisitas. Enfim, experiências. Instigantes experiências televisivas. Isso tudo me fez um fã entusiasta. Talvez tenha sido a melhor coisa que já vi na TV, mesmo com os furos e falhas no roteiro.

Para fechar, 2 coisas: primeiro, um link sobre a visão geral da trama para quem assistiu e não visualizou direito a história que foi contada na ilha; só clicar aqui.
E pra manter a tradição e motivo de ser, do blog, música. Enquanto estava anteoontem lendo na internet sobre o final de Lost, escutava o mestre Jorge Benjor, e então eis que me vi ouvindo Luz Polarizada, do disco Solta o Pavão de 1975. Achei a música bem ilustrativa do episódio final.Humm, será que o Jorge foi da Iniciativa Dharma nos anos 70?! sei não viu. De qualquer forma, é sempre bom reverenciar o mestre Benjor, e conhecendo a discografia dele dos anos 70, aposto que ele é fã de Lost.

Luz Polarizada
Jorge Benjor
Composição: Jorge Benjor

Coloque o teu grisol sob a luz polarizada
Ó meu filho
Lava as escórias com a água pré destilada
Pois aquele que foge à falsa prata
E ao falso ouro
Não merece a simpatia de ninguém
Pois aquele que é vil
Está ávido a ser malévolo
Não merece a simpatia de ninguém
Domine a imagem, use força inferior superior
Use o conhecimento com perseverança e consciência
Pratique, transmute a vontade com lealdade
E sinceridade
Seja atento e assíduo porque
A qualquer hora, a qualquer momento
Pode estar nascendo o amor

Selos 2 e 3



Recebi mais 2 selos essa semana, e vou repassa-los de forma dupla então,
o primeiro acima, foi ofertado pelo blog Café Quente e Sherlock ;
e o segundo abaixo, pelo blog Redoma de Cristal.

Muito agradecido de ser lembrado por dois ótimos blogs. Agora são 3 na minha coleção. Obrigado!

Assim, vamos aos blogs recomendados da vez:

Cool Cultura
Feme Digitale
I Like Movies
Musicpris
O Bom e Velho Clichê
Observadoria
Vísceras de Anjo
Nas Entrelinhas da Vida
Pensamentos e Palavras
Vagal Nerd Kawai

Valeu!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Sei lá, vai ver que é preciso Passione

Há cerca de 10 dias foi ao ar o último capítulo da novela Viver a Vida, da Globo. O que chamou a atenção na novela foi o alto índice de rejeição do público. Muita gente classificou o folhetim de Manoel Carlos de "chata", "insossa" e "sem graça". Bom o autor adora mostrar situações inverossímeis que só acontecem no Leblon e olhe lá, como o inacreditável triângulo amoroso entre Luciana e os gêmeos que já foi assunto aqui do blog. Porém dessa vez o Maneco fez algo um pouco diferente, ele não baseou a estória no tradicional romance entre mocinho e mocinha, que passam por tudo mas ficam juntos no final, nen na vilã ou vilão inescrupuloso que além de tentar separar o casal bonzinho tenta conquistar a empresa de algum ricaço desavisado. Este é o enredo de mais de 90% das novelas globais.

Mas em Viver a Vida não teve nada disso. Não tinha um vilão estabelecido dsede o ínicio(tanto que forçaram a barra com a Ingrid no final pra agradar os descontentes), não tinha um casalzinho alegre e feliz bem definido(Luciana e Miguel foi ao acaso) passando por tudo pra viver um "grande amor", nem ninguém querendo tomar a empresa de ninguém. Apenas foi contada estórias, apenas isso. Com foco na questão da superação de pessoas com deficiências. Mas parece que a maioria não se agradou, mesmo com belas moças(Helena,Dora e Betina continuam em forma, e que formas...) e rapazes estrelando a trama e uma trilha sonora de altíssimo bom gosto.
O engraçado disso é que eu que não gosto de novelas parei pra assistir vários capítulos, por achar a estória deferente das demais, apesar dos tradicionais exageros de Manoel Carlos, e o público fiel de novelas não se interessou muito. Enfim vai entender, vai ver que é preciso Passione, a nova novela das 8 que volta ao lugar comum dos folhetins globais, que certamente vai cair nas graças do público novelesco. Começo a achar que o problema não são os autores, os telespectadores parecem que se condenam a torcer contra o vilão e a favor dos mocinhos Ad Eternum...

Sei lá, é tudo uma grande ilusão mesmo, não sou noveleiro e pode ser que tenha dito um monte de besteiras sob a ótica de um noveleiro tradicional. E como diz a bela letra de Toquinho e Vinicius de Moraes: "nada renasce antes que se acabe". Ou seja, é preciso romper com velhos conceitos para desfrutarmos das novidades. Abaixo um vídeo do Toquinho cantando Sei Lá( a vida tem sempre razão) no programa Altas Horas. Na abertura da novela a música é interpretada por Chico Buarque e Miucha além do saudoso Tom Jobim. Só por trazer de volta essa turma ao horário nobre, já valeu a pena Viver a Vida.



Sei lá ( a vida tem sempre razão)
Toquinho
Composição: Toquinho /Vinicius de Moraes

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.

Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.

A gente nem sabe que males se apronta.
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe,
E o sol que desponta tem que anoitecer.

De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

6 meses de pé na estrada

Sem me dar muita conta, o tempo me avisa que este humilde espaço na web completou hoje 6 meses. Pois é, no dia 18/11/2009 publiquei o primeiro post do Peixe Antenado.
Se clicarem no link verão que inicio a postagem dizendo que estava começando o blog sem saber no que ia dar, se iria sequer sair do lugar.
32 postagens, 86 seguidores e 89 comentários(agradeço a todos) depois, vejo que já valeu a pena ter colocado o pé na estrada da web. Caminhada que rendeu até um destaque no programa Blog da Vez da rádio Elo FM de lá de Belo Horizonte, no dia13/04, conforme o seu produtor me avisou em um comentário neste post aqui.

Assim sendo, este blog de layout fajuto(aguardem novidades...) devido a inaptidão do blogueiro com certas ferramentas tecnológicas, prossegue na estrada virtual acreditando nas mesmas convicções do início da caminhada. Acreditando em vários verbos: ouvir, cantar, dançar, discutir, refletir, escrever, debater, pensar, divertir, agir, ser, estar, partir, voltar, continuar...
Dessa vez não posto letra e vídeo, mas tem o link do primeiro post aqui, cuja música postada continua tendo tudo a ver com essa minha história virtual. Talvez já possa até falar nossa história virtual. Definitivamente, nada é mais como antes.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Tribunais de Rua

Há alguns dias atrás um motoboy foi espancado até perder a vida por policiais em frente a sua casa, todo mundo viu esta notícia, pra quem não viu, está aqui.

Não vou cair no discurso comum de "polícia despreparada", "violenta", "tenho mais medo da polícia" e coisa tal. Porém quando este tipo de coisa acontece, lembro de tudo que vi e vivi durante 20 e poucos anos que morei num bairro periférico de Salvador. Se fosse contar, muitos diriam que é mentira minha, como muitos dizem, quando não tem contato com este tipo de realidade. Dentre tudo que vi, muitos exemplos de exagero da polícia, claro, algunas inacreditáveis. Situações que não aconteceriam num bairro nobre. E aí vem meu único questionamento: será que ensinam na academia de polícia que todo mundo de bairro pobre é marginal? e se for negro mais ainda?

Tenho muitos amigos e parentes na polícia, e todos eles quase sempre não apresentam resposta para isso, dizem que é coisa de profissionais despreparados, que são falhas individuais. E de fato, não acredito que todo policial que comete estes exageros sejam más pessoas, a maioria dos policiais são pessoas comuns, que gostam de futebol e fazer churrasco no domingo. Só que quando botam a farda e entram em serviço parecem que se trasnsformam, alguns viram bicho literalmente falando. As vezes acho que isso é uma mistura do preconceito racial/social que emana da sociedade com um resquício da ditadura. Sim, os tempos da ditadura militar ainda influenciam no comportamento de algunas instituições que não sofreram grandes reformas de lá para cá como a polícia.

Todo policial diz que o trabalho na polícia é muito difícil, que nós civis não sabemos como é complicado, e realmente é muito difícil mesmo, até porque como já disse, tenho parentes e amigos na polícia, mas isso não é desculpa para tirar a vida de pessaos inocentes, porque todos que estão na polícia foram para lá por livre e espontânea vontade. Ninguém foi obrigado a nada, portanto não há como fugir da responsabilidade.
Claro que a polícia é um pilar importante da nossa sociedade, claro que devemos aplaudí-la quando acerta. Mas acho que chega desse discurso corporativista cada vez que uma merda dessas acontece. É hora da polícia se abrir com a sociedade, dizer quais são as dificuldades, tentar se inteirar, se mostrar um parceiro, e não algoz. Participar ativamente das grandes discussões sociais. Já pensou que legal se víssemos a polícia encampar uma campanha contra o racismo ou preconceito contra homossexuais. É disso que falo quando digo que a polícia não foi reformada pós ditadura.

Se este tipo de coisa acontecesse, nos sentiríamos mais seguros e talvez não fosse preciso o Marcelo Yuka compor Tribunal de Rua para O Rappa, música que é a trilha sonora ideal para esse post e para quem mora na periferia como eu morei. Sempre soube que menos de 5% dos caras do local é que são dedicados a alguma atividade marginal. Falta a polícia saber. Mas não sabem, e infelizmente, todos no bairro já conhecem essa lição.


Tribunal de Rua
O Rappa
Composição: Marcelo Yuka

A viatura foi chegando devagar
E de repente, de repente resolveu me parar
Um dos caras saiu de lá de dentro
Já dizendo, ai compadre, você perdeu
Se eu tiver que procurar você ta fudido
Acho melhor você ir deixando esse flagrante comigo
No início eram três, depois vieram mais quatro
Agora eram sete samurais da extorção
Vasculhando meu carro
Metendo a mão no meu bolso
Cheirando a minha mão.

De geração em geração
Todos no bairro já conhecem essa lição

Eu ainda tentei argumentar
Mas tapa na cara pra me desmoralizar
Tapa na cara pra mostrar quem é que manda
Pois os cavalos corredores ainda estão na banca
Nesta cruzada de noite encruzilhada
Arriscando a palavra democrata
Como um santo graal
Na mão errada dos homens
Carregada de devoção.

De geração em geração
Todos no bairro já conhecem essa lição.

O cano do fuzil, refletiu o lado ruim do Brasil
Nos olhos de quem quer
E me viu o único civil rodeado de soldados
Como seu eu fosse o culpado
No fundo querendo estar
A margem do seu pesadelo
Estar acima do biótipo suspeito
Mesmo que seja dentro de um carro importado
Com um salário suspeito
Endossando a impunidade a procura de respeito.

Mas nesta hora só tem sangue quente
E quem tem costa quente
Pois nem sempre é inteligente
Peitar um fardado alucinado
Que te agride e ofende para te
Levar alguns trocados
Era só mais uma dura
Resquício de ditadura
Mostrando a mentalidade
De quem se sente autoridade
Nesse tribunal de rua.

sábado, 8 de maio de 2010

Seleção Brasileira: quem convocar?

Vamos lá, faltam 35 dias para o início do Campeonato Mundial de Futebol, mais conhecido como Copa do Mundo FIFA, e faltam apenas 4 dias para conhecermos quais jogadores representarão o Brasil na África do Sul. Pois é, vida de técnico da seleção não é fácil, todo mundo dá pitaco. Mas só que todo mundo dá pitaco hoje dizendo que se fosse com ele faria a melhor seleção e tal,e amanhã vai tomar o ônibus pra ir pro trabalho normalmente como todos os outros. Mas imagine que o seu trabalho fosse a seleção. que você vive disso, vive pra isso, todo santo dia, como o Dunga e o Jorginho. Pois é, nesse caso entram questões como confiança, relacionamento interpessoal, dedicação, experiência dentre outros como em qualquer firma da vida. Mas é como digo, a maioria das pessoas enxergam o futebol profissional como se fosse um baba na esquina. Pra início de conversa, polêmica: não acho que se deva levar os ditos “meninos da vila”,Ganso e Neymar, porque? Porque eles nunca vestiram a camisa amarela, que já pesou sobre os ombros de muita gente consagrada, com o aditivo de que hoje em dia essa molecada se deslumbra muito fácil, com suas chuteiras coloridas e gracinhas para a imprensa baba-ovo enquanto esperam contratos milionários na Europa.

E o Ronaldinho Gaúcho? Bom, eu levaria, mas eu e qualquer um que estivesse no lugar do Dunga, certamente não levaria. Como promover um funcionário que não te deu retorno quando você confiou nele? Difícil né. Enfim é muito difícil mesmo, são várias possibilidades e variáveis, a essa altura do campeonato o Dunga deve levar:Goleiros- Júlio César, Vitor e Doni; Laterais- Maicon, Daniel, M.Bastos e Gilberto; Zagueiros- Lúcio, Juan, Luisão e Thiago Silva; Meio-campo- Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires, Elano, Josué, Júlio Batista, Kleberson e Kaká; Atacantes- Robinho, Adriano, Nilmar e Luís Fabiano.

Que foi o grupo que ele trabalhou, conviveu, olhou no olho de cada um, venceu e se convenceu, como mudar de uma hora para outra?!Se me dessem a chance de treinar a seleção há uns 2 anos atrás, prepararia o seguinte grupo:Goleiros- Júlio César, Vítor e alguém do sub-20;Laterais: Maicon, Daniel, Fábio Aurélio e Filipe Luís;Zagueiros: Lúcio, Juan, Thiago Silva e Miranda; Meio-campo: Lucas, Elano, Júlio Batista, Thiago Motta, Kleberson, Hernanes, Kaká, e Ronaldinho Gaúcho;Atacantes: Nilmar, Luís Fabiano, Adriano e Pato.

Apenas uma opinião, nem tenho certeza absoluta em relação a alguns nomes que citei, e eu disse a 2 anos, porque agora em cima da hora não há coerência em cobrar mudanças radicais. O trabalho foi feito, agora é esperar o resultado. Da mesma forma que você aí sentado não iria gostar de passar 4 anos fazendo um trabalho e mudar de \última hora só porque querem e pronto. O Dunga que assuma as conseqüências.

Mas e aí, qual seria a sua seleção se lhe dessem tempo e oportunidade de desenvolver um trabalho hein?

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Selo

Olha só galera, recebi o Selo Prêmio Dardos, do simpático e ótimo blog Saúde & Companhia. Segue abaixo o que se trata:

O Prêmio Dardos é um reconhecimento dos valores que cada blogueiro emprega ao transmitir seus valores, éticos, literários, pessoais, etc...que demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto estre suas letras e palavras.Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor a Web.
Aqui vão as regras:
-Exibir a imagem do Selo;
-Exibir o link do blog no qual recebeu o selo;
-Escolher 10, 15 ou 30 blogs para dar a indicação e visitá-los;

10 blogs? então tá aí:
A Pensativa
Café Quente & Sherlock
Colunas do Esporte
Delírios Só da Miss Simpatia
Jacaré Doméstico
Larissa Cordeiro
Leva Maré
May
O Mundo de Fabi Gorda
Redoma de Cristal

Prontinho, visitem-os!!


sábado, 1 de maio de 2010

Politicar - Segunda Divisão

Na contramão da maioria das pessoas, principalmente os mais jovens, eu gosto e sempre gostei de política. Desde pequeno.
Apesar de todos os efeitos colaterais que ela causa, é somente através dela que podemos colocar as coisas para funcionar, é algo do tipo"não pode vencer, junte-se a eles".
Mas claro que a maioria da população brasileira torturada com tantos escândalos ano sim, outro também, tem alergia só de ouvir falar no nome. E nem se pode tirar a razão de quem pensa assim, porque os homens e mulheres que fazem política em alto escalão só colaboram para essa indiferença. Mas é preciso meter a mão na lama e seguir em frente.
Esse ano é de eleição, e vamos falar disso também aqui no blog, vamos tentar politicar um bocado. Ou pelo menos o suficiente para não deixar passar batido esta importante eleição ( a mais importante desde a de 1989, na minha visão).

E pra começar não podemos deixar passar batido o fato de que se analisarmos a lista dos nomes dos candidatos à presidência e à governador dos principais estados, individualmente, sem levarmos em conta os grupos políticos a que eles pertencem, chegaremos a conclusão de que a política brasileira caiu para a segunda divisão. Estamos carentes de nomes, de líderes que empolguem, mesmo que depois nos decepcionem um pouco(ou muito), mas que pelo menos acrescentem algo novo, dêem esperança, apontem um caminho. Infelizmente não parece ser o caso dessa vez.

Enfim, esta é apenas uma introdução nesta nova sessão fixa do blog, que é claramente inspirada na canção Politicar do sempre talentoso Tom Zé.
De vez em quando dá mesmo vontade de mandar tomar no verbo todos aqueles filhos da letra de gravata, com suas regras e regulamentos que não acrescentam nada e vez por outra são tomados por uma usura irritante.
Um dia a gente soca as entranhas deles. Por hora vamos reverenciar o performático artista baiano. Como sempre recomendo: leiam a letra, vejam o clipe e vamos politicar meu povo.

Politicar
Tom Zé
Composição: Tom Zé

Filha da prática
Filha da tática
Filha da máquina
Essa gruta sem-vergonha
Na entranha
Não estranha nada

Meta sua grandeza
No Banco da esquina
Vá tomar no verbo
Seu filho da letra
Meta sua usura
Na multinacional
Vá tomar na virgem
Seu filho da cruz.

Meta sua moral
Regras e regulamentos
Escritórios e gravatas
Sua sessão solene.
Pegue, junte tudo
Passe vaselina
Enfie, soque, meta
No tanque de gasolina.