Tristeza. Solidão. Melancolia.
Tudo nublado, tudo incerto.
Dúvidas.
O ser humano é também tudo isso. Ninguém é feliz 100% do tempo.
As vezes não somos nem metade disso. Mas disfarçamos muito bem.
Esperança não é certeza. Mas leva ao êxtase quando funciona.
Não há de se ter o amor.
Há de se procurar o amor.
Esperar o amor.Talvez. Sempre.
Chico Buarque/Francis Hime
E se...
E se o oceano incendiar
E se cair neve no sertão
E se o urubu cocorocar
E se o Botafogo for campeão
E se o meu dinheiro não faltar
E se o delegado for gentil
E se tiver bife no jantar
E se o carnaval cair em abril
E se o telefone funcionar
E se o pantanal virar pirão
E se o Pão-de-Açúcar desmanchar
E se tiver sopa pro peão
E se o oceano incendiar
E se o Arapiraca for campeão
E se à meia-noite o sol raiar
E se o meu país for um jardim
E se eu convidá-la para dançar
E se ela ficar assim, assim
E se eu lhe entregar meu coração
E meu coração for um quindim
E se o meu amor gostar então
De mim
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domingo, 10 de março de 2013
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Carnaval 44
Terça-feira de carnaval, os festejos quase no fim, e até agora tem muita gente resmungando, reclamando, e soltando todo tipo de impropério contra a folia de Momo.
Se sempre soubemos que o Brasil é o país do carnaval, o fenômeno das redes sociais mostra-nos que muita, mas muita gente mesmo, odeia esse período do ano. É comum postarem vídeos como este, em que uma jornalista do SBT, desanca o carnaval. Pois é, estamos carentes até de anti-heróis.
Se por um lado, alguns aspectos dos anti-carnaval são realmente convincentes, como o fato da festa ser utilizada para fazer as pessoas esquecerem dos problemas político-econômico-sociais, também é verdade que além de ser realmente contagiante pra quem gosta e participa ativamente, o carnaval incorpora diversos elementos culturais brasileiros já tradicionais. Elementos esses que dialogam com a sociedade ao longo do ano e não apenas no carnaval. E aí, a famosa frase dos anti-carnaval que dizem ”por mim não haveria carnaval” fica só na teoria e imaginação mesmo. Como imaginar o Brasil sem samba, frevo e trio elétrico, ainda que sejam elementos distantes da cultura de alguns estados. Pois mesmo assim, não vejo Portela, Galo da Madrugada e Ilê Ayiê apagados dos nossos dias.
Enfim, o carnaval de fato, possui aspectos positivos e negativos, não dá pra ser 8 ou 80, o lance é somar e dividir por 2, e pra quem gosta, aproveitar a festa tendo consciência de suas imperfeições e consequências, e quem não gosta se refugiar em algum canto paradisíaco ou em casa mesmo, sabendo que não dá para cercear manifestações populares conforme vontade pessoal, porque afinal, vai passar nessa avenida um samba popular...
Se sempre soubemos que o Brasil é o país do carnaval, o fenômeno das redes sociais mostra-nos que muita, mas muita gente mesmo, odeia esse período do ano. É comum postarem vídeos como este, em que uma jornalista do SBT, desanca o carnaval. Pois é, estamos carentes até de anti-heróis.
Se por um lado, alguns aspectos dos anti-carnaval são realmente convincentes, como o fato da festa ser utilizada para fazer as pessoas esquecerem dos problemas político-econômico-sociais, também é verdade que além de ser realmente contagiante pra quem gosta e participa ativamente, o carnaval incorpora diversos elementos culturais brasileiros já tradicionais. Elementos esses que dialogam com a sociedade ao longo do ano e não apenas no carnaval. E aí, a famosa frase dos anti-carnaval que dizem ”por mim não haveria carnaval” fica só na teoria e imaginação mesmo. Como imaginar o Brasil sem samba, frevo e trio elétrico, ainda que sejam elementos distantes da cultura de alguns estados. Pois mesmo assim, não vejo Portela, Galo da Madrugada e Ilê Ayiê apagados dos nossos dias.
Enfim, o carnaval de fato, possui aspectos positivos e negativos, não dá pra ser 8 ou 80, o lance é somar e dividir por 2, e pra quem gosta, aproveitar a festa tendo consciência de suas imperfeições e consequências, e quem não gosta se refugiar em algum canto paradisíaco ou em casa mesmo, sabendo que não dá para cercear manifestações populares conforme vontade pessoal, porque afinal, vai passar nessa avenida um samba popular...
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Bolor e Revolução
E vamos continuar tirando o bolor do blog e postar contra a blogosfera hostil as causas populares. Vamos falar sobre o Movimeno Estudantil.
Irei aqui postar contra a globalização, contra o imperialismo, contra a opressão burguesa, contra o PIG, contra EUA e Israel, contra o neoliberalismo, e claro, contra o capitalismo.
Espero com esse post conseguir acabar com os interesses empresariais, atender a demanda do proletariado, derrotar a mídia do capital, abolir a repressão policial do Estado, abolir o Estado, e claro, fazer a revolução socialista.
Vamos nos mobilizar e organizar boicotes, piquetes e invasões, mesmo contra a lei e sem o apoio da maioria, afim de garantir a pauta de reivindicações. E quem não concordar é um fascista reacionário direitista conservador...
Falando sério agora, chega um momento em que é preciso dizer que já deu, já era, que é preciso reformulação de idéias e métodos. E algumas coisas que vem acontecendo nos últimos meses nas universidades brasileiras dão mostras de que ou o movimento estudantil deixa o passado no passado, ou vai ficar cada vez mais deslegitimado e sendo tratado como um assunto aborrecido ou motivo de chacota perante a sociedade.
O jornalista Juca Kfouri definiu bem o episódio da invasão à reitoria da USP dizendo que aqueles estudantes “estavam com saudade de uma ditadura que não viveram”, e este vídeo aqui em que uma das estudantes faz referência aos berros, à época da ditadura, diz bem o que o ME procura já há muito tempo: lutar contra a ditadura, e se a mesma não existe, finge-se que existe, pois parece que não se pode nunca largar o fetiche de revolucionário.
Muitas vezes, as causas são justas, ou são assuntos que no mínimo merecem sim, serem debatidos, discutidos, e refletidos. Mas ao invés disso, resolvem enveredar pela agressividade desmedida, truculência, invasão de salas de aula, pichações e depredações que só causam danos aos cofres públicos. Sem falar nos “estudantes profissionais” que não estudam e apenas seguem ordens partidárias, desperdiçando o dinheiro do contribuinte que.sustenta as universidades públicas.Hoje em dia e de forma irônica, poucas instituições são tão antiquadas quanto o Movimento Estudantil.“Mas você não sabe nada do movimento estudantil”, poderão dizer alguns. Sei sim, fiz parte dele durante um certo tempo...
A única coisa que ainda é legal no ME, é a trilha sonora, também antiga, mas nunca antiquada, até porque obras artísticas se bem feitas, ficam para sempre. Sei que é muita ironia, mas hoje em dia dá perfeitamente para cantar Apesar de Você do Chico Buarque para os revolucionários de butique das universidades brasileiras. Ah, o vídeo com o MPB-4 na antiga TV Tupi é uma pérola.
Composição: Chico Buarque
Amanhã vai ser outro dia
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Esse samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
De "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você...
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você...
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você...
Você vai se dar mal, etc e tal
La, laiá, la laiá, la laiá
Falou, tá falado
Não tem discussão, não
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão
Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Esse samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
De "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
Apesar de você...
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
Antes do que você pensa
Apesar de você...
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de repente
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar
Na sua frente
Apesar de você...
Você vai se dar mal, etc e tal
La, laiá, la laiá, la laiá
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Quem sou eu?
Depois de vários dias e algunas postagens o Blogger ainda me pergunta quem sou eu? aqui na barra lateral.
Bom, pra que dizer algo, se o Chico Buarque pode responder por mim...
Ah, a gatinha de voz suave no vídeo é a Roberta Sá.
Mambembe
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
No palco, na praça, no circo, num banco de jardim
Correndo no escuro, pichado no muro
Você vai saber de mim
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando
Mendigo, malandro, moleque, molambo, bem ou mal
Escravo fugido ou louco varrido
Vou fazer meu festival
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando
Poeta, palhaço, pirata, corisco, errante judeu
Dormindo na estrada, não é nada, não é nada
E esse mundo é todo meu
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando
Bom, pra que dizer algo, se o Chico Buarque pode responder por mim...
Ah, a gatinha de voz suave no vídeo é a Roberta Sá.
Mambembe
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
No palco, na praça, no circo, num banco de jardim
Correndo no escuro, pichado no muro
Você vai saber de mim
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando
Mendigo, malandro, moleque, molambo, bem ou mal
Escravo fugido ou louco varrido
Vou fazer meu festival
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando
Poeta, palhaço, pirata, corisco, errante judeu
Dormindo na estrada, não é nada, não é nada
E esse mundo é todo meu
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte, cantando
Por baixo da terra, cantando
Na boca do povo, cantando
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