terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ao nosso redor 2 - Para todos!

Bom, vamos lá!
Quem chegou aqui, leia a parte 1 no post abaixo, ou então leia depois pra se inteirar, se quiser e puder é claro.
Enfim, vamos logo que os trios já estão a caminho, e o fato é que o Big Brother Brasil, programa apresentado pela Globo, já há 10 anos (acredite), ao invés de se desgastar chama cada vez mais atenção do público, já está virando um fenômeno cultural.
Sinceramente não consigo entender o que tanto chama atenção das pessoas em um programa tão vazio, sei lá, vai ver temos tido vidas vazias, só pode.
Mas o lance aqui não é dissecar o programa, mas sim o público que o assiste, principalmente a geração interneteira.
Na semana passada a participante Tessália, foi eliminada,como tantos outros já foram, mas o que chamou minha atenção e de mais alguns, foi a fúria com a que a moça, foi recebida aqui fora. As pessoas responsáveis pela alta votação que a moça recebeu, justificavam afirmando que ela era falsa, que era vilã, que teria protagonizado cenas de sexo na casa, que era antipática etc e tal. Na internet, testículos e úteros em fúria, vociferaram contra a bela morena( no meu plantão ela não escaparia). Vagabunda foi o termo mais suave a ser usado.
Bom, isso me leva a duas perguntas básicas: por que? e pra que?

Sobre a primeira pergunta não entendo como uma massa de gente que tem tantos ou mais defeitos que quem participa do programa age como se fossem os papas da moralidade, é até engraçado ver gente que não dá um bom dia!, que não ajuda um velhinho a atravessar a rua, que não ajuda nem os pais, gritarem que ”odeiam a Tess”.
A verdade é que de modo geral, somos um povo mal-informado, preconceituoso, egoísta, individualista, cuja maioria faria e faz de tudo pra subir na vida; puxa tapete de colegas de trabalho, bajula os chefes, enfim, esse tipo de coisa corriqueira que a gente vê todos os dias, e que por extensão cabe a quem vai participar do BBB.
Quem é que nunca ficou falando mal de um amigo ou colega como dizem que a “Tess” fez, enfim ela apenas fez o que muitos de nós faríamos e fazem todo santo dia.
Mas quando o assunto é BBB, as pessoas são imbuídas de um surto de moralidade para torcerem pela pessoa “mais boazinha”. Como se isso fosse possível numa disputa que vale 1 milhão e meio. Por míseros trocados de aumento, tem gente que faz o que faz nas firmas da vida, imagine 1 milha e meia. Ah, e outra coisa, quem não faz ou não gosta de sexo atire uma pedra e depois procure um médico, por favor.

Sobre a segunda pergunta, só uma coisa a dizer, se todo mundo utilizasse essa mesma fúria demonstrada, contra os políticos, este Brasil era outro. Ao invés disso, preferem descontar as frustrações pessoais em pessoas que mal conhecem. Afinal alguém sabe como Tessália por exemplo, se comporta em casa, com a família, se ela tem bom relacionamento no trabalho, se dá bom dia! Ou algo assim? Não, ninguém sabe, e as vezes, por parcas aparições na tela, uma pessoa é condenada a fogueira eletrônica/digital.
Por isso que escrevi, na parte 1 que meus amigos me entendem, porque me conhecem, e hoje em dia, numa época em que a tecnologia com suas microcameras e seus megabites em HTML e em Flash, podem lhe flagrar a qualquer momento, é importante ter amigos, ter muitos amigos, para dizerem ao mundo quem você é, e não deixar que as fogueiras digitais sejam acesas, E é aos meu amigos que digo o seguinte: esta geração já está perdida, mas quanto a próxima, por favor, não deixem que seus filhos virem mais uns boçais digitais, uns gados arrogantes televisivos. E quanto ao resto citado acima, experimentem sair da frente do PC e da TV e ir tomar uma cerveja ou água de côco sozinho na praia, em frente ao mar, enquanto pensa em como se tornar uma pessoa melhor e mais útil ao mundo.

Ufa, chega, pois já é carnaval cidade...

Um comentário:

  1. Eu (sua amiga), te entendo, entendo "Tess" também, porque sempre falo mal dos outros, aliás,eu falo pelos cotovelos desde as bobagens até as coisas importantes!
    bjo!

    p.s: o importante é conversar sobre tudo (besteiras, política, religião, economia). Vira e mexe tocamos nesses assuntos (na mesa do bar - hehehehe).

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